Estrutural recebe nesta quinta filmes sobre a luta pela terra

Desta vez a RUA CINEMA NOSSO, em sua sétima exibição, aterrissa na Estrutural. E a sessão desta quinta (23), chama-se Terra é sempre Terra e se dedica a um dos temas primordiais do homem, a um dos quatro elementos que dá nome ao nosso próprio planeta, lar de tantos milhões. Os filmes tem início às 19 horas na Praça da Administração.

O nome desse programa é uma homenagem ao filme realizado em 1951 por Tom Payne na época da produtora cinematográfica Vera Cruz, que realizou grandes produções, mas não durou mais que uma década. O filme é uma adaptação de uma peça de Abílio Pereira de Almeida chamada Paiol Velho. O enredo se passa em uma fazenda de café, cuidada por um de seus capatazes. Um dia a dona das terras requere que seu filho, viciado em jogos, assuma o controle da fazenda.

Pela primeira vez nesta mostra itinerante será exibida uma sessão de curta seguida por um longa-metragem. O primeiro filme, Por Longos Dias, dirigido por Mauro Giuntini, tem 13 minutos e nos mostra uma ótica poética  sobre o Movimento Sem Terra a partir de uma bela fotografia de Waldir de Pina, acompanhada por texto de José Saramago. A segunda obra, Sagrada Terra Especulada, de direção coletiva, com duração de 72 minutos, é um mosaico de imagens articulado como um manifesto contra a construção do setor noroeste, bairro que nasce fruto de corrupção e do falso discurso verde, em prol da manutenção do Santuário dos Pajés.

O político e o poético se encontram nessa sessão, mas nenhum dos dois filmes deixa de ser um nem outro, afinal, falar da Terra é sempre um ato político e poético.

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